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Construção em madeira é solução para a alta de preços do aço

20 jun 2022

  • Custo da estrutura em wood frame, sistema que usa placas estruturais e perfis de madeira, é 22% menor do que o de alvenaria;
  • Perdas financeiras em sistemas convencionais de construção, incluindo custos de retrabalho, chegam a 30%.

A indústria da construção civil tem enfrentado dificuldades com o aumento do valor do aço no mercado brasileiro – somente em 2021, o insumo subiu quase 50%, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Como consequência, as empresas do setor têm buscado alternativas na construção em madeira, como o wood frame, que permitem reduzir custos e otimizar o tempo de obra, sem que haja prejuízos à qualidade, resistência e eficiência de materiais.

É o caso da Alea,  startup de habitação da construtora Tenda, que inaugurou em Jaguariúna (SP) uma das mais produtivas fábricas de wood frame do mundo. Com capacidade de produção de 10.000 casas por ano, a Alea também incorpora essas residências em condomínios fechados na região. Outro exemplo é o edifício da Parkside, em Florianópolis (SC). Com 35 estúdios para moradias de co-living, ele foi montado em 21 dias pela empresa Tecverde por meio de wood frame, sistema construtivo que usa placas estruturais e perfis de madeiras.

Na área da Saúde, o sistema também mostrou ser mais eficiente, especialmente no caso dos hospitais modulares construídos com urgência durante a pandemia. Entre eles está o anexo do Hospital M’boi Mirim, em São Paulo (SP), com 300 leitos levantados em 33 dias. Para o hospital foram usados sistemas mistos de wood frame e steel frame (formado por estruturas com perfis de aço galvanizado),

“Comparando as despesas diretas da construção de uma residência, o custo da estrutura em wood frame é 22% menor do que a de alvenaria convencional e 10% mais barato do que a construção em steelframe, conforme estudos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná”, afirma a engenheira Raissa Pivetta, influenciadora e parceira da Grossl, indústria catarinense com atuação em soluções para o setor moveleiro, madeireiro, metal mecânico, automotivo, naval, aeronáutica, couro e óptico.

Para Raissa, além do valor do material, existem outros parâmetros globais de uma construção a serem analisados. “Estudos desenvolvidos na Escola Politécnica da USP analisaram sistemas convencionais de construção e concluíram que as perdas de materiais são de 8%. Já as perdas financeiras, que incluem custos de retrabalhos, atingem 30%”, comenta.

Para atender a esta demanda aquecida por construções em wood frame, o Brasil já começa a receber investimentos de pesos para a  inauguração de fábricas especializadas na produção de estruturas de madeiras para edificações. Entre elas está a Urbem, uma startup especializada na produção de vigas, pilares e lajes de madeira. A empresa recebeu aporte de R$ 130 milhões no final do ano passado para iniciar a operação.

Construção sustentável

O sistema wood frame é uma construção seca, limpa, com material de fonte renovável, que gera poucos resíduos e possui desempenho térmico melhor do que muitos materiais convencionais da construção civil. Assim como na alvenaria, a estrutura de wood frame não limita o uso de revestimentos e acabamentos nas paredes, permitindo usar pintura, azulejo cerâmico, pastilhas, entre outros.

Quando falamos de sustentabilidade é importante pensar em todo ciclo. A madeira em si é uma matéria-prima de fonte renovável e abundante. O ciclo de processo desse material – que abrange o plantio, colheita, transporte, fabricação, instalação, manutenção e descarte ou reciclagem –  tem menor consumo de energia do que o aço e concreto armado, além de formar uma cadeia sustentável, que gera menos poluição de ar e água. O processo de obtenção do material com manejo florestal sustentável é cíclico e ocorre por meio do processo de fotossíntese, utilizando energia solar e água, captando CO2 da atmosfera e gerando oxigênio.

Um ponto importante nesse processo é que florestas novas têm maior taxa de sequestro de carbono, em média com a produção de um metro cúbico de madeira engenheirada é possível extrair uma tonelada de CO2 da atmosfera. Assim, a madeira, além de ser um material de construção sustentável, tem grande potencial para mitigar as mudanças climáticas no planeta.

Adesivos sustentáveis e resistentes 

A escolha das colas usadas na construção a seco também são fundamentais para garantir o sucesso de uma obra rápida, segura e sustentável. Por isso, há diversos parâmetros que influenciam no desempenho da ligação adesiva na madeira. Os adesivos da Grossl, como o de montagem Titebonde Provantage Heavy Duty, atendem às rígidas normas e especificações de qualidade, como as exigências da APA AFG-01 e da norma americana ASTM D3498, que medem a conformidade com as propriedades de resistência e durabilidade.

O Titebonde Provantage Heavy Duty, é exclusivo e único que cola tijolos, madeiras, metal e cerâmicas, além de ser à prova d’água. Para se ter ideia, melhora a distribuição de peso a ponto de reduzir de 40% a 60% o uso de parafusos. Do ponto de vista da sustentabilidade, ele causa menos poluição do ar e depende menos de derivados de petróleo para ser produzido. O conteúdo de VOC  é menor que 50g/l e cumpre 100% os limites de VOC das normas LEED e GBI (Green Building Initiative).

A Grossl também fornece produtos com controle de qualidade no âmbito de adesivos estruturais como o EPI Estrutural Advantage EP-950, que possui resistência à água, ao calor e  aos solventes, e é ideal para colagem de CLT, MLC, pilares e vigas de seções compostas. Este adesivo excede as exigências da norma ASTM D2559-12a e ASTM D7247-07ae1. Estas regras avaliam a colagem de produtos estruturais de madeira em relação a alta resistência, durabilidade, desempenho mecânico e físico.

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